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Exortação Pastoral "Operarii Domini" | Prot. 012/24

DOM PEDRO SCHNEIDER CARDEAL PAROLIN 
POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA 
ARCEBISPO METROPOLITANO DE APARECIDA 

A todos que lerem estas letras, Paz e bênção da parte de Deus, o Pai. 

A missão universal da Igreja nasce da fé em Jesus Cristo, como se declara no Credo; "Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos". "E por nós homens, e para nossa salvação, desceu dos céus. E encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e Se fez homem".

No acontecimento da Redenção está a salvação de todos, porque todos e cada um foram compreendidos no mistério da Redenção, e a todos e cada um se uniu Cristo para sempre, através deste mistério somente na fé, se fundamenta e compreende a missão. Por isso, todos nós somos convocados a testemunhar a Luz; que é Cristo. Neste contexto, observamos nitidamente a falta de empenho do Clero, em estar junto do bispos, servindo-lhe com sua idoneidade. Muitas vezes, tantas desculpas são apresentadas. Mas poucas justificadas. 

E nesse situação, a Igreja age como Mãe, que cuida de seus filhos. Igualmente, usa de sua correção fraterna para orientar os irmãos a retornarem no caminho da verdade. As experiências são cada dia mais complexas de se entender. Cada uma com um único desfecho. Porém, nunca paramos para pensar, que nosso único desejo de descanso, será apenas no Reino dos Céus. Nossa missão enquanto comunidade virtual, é levar Cristo aos jovens da atualidade, que muitas vezes se encontram perdidos em situação fatal. E por essas necessidades, se torna lamentável a quantidade de pessoas dispostas para o anúncio verídico da boa nova. Tantas outras coisas são colocadas a frente, tantos impedimentos são encontrados, diante destas circunstâncias. 

Nossa Arquidiocese de forma particular, assiste paróquias abandonadas, capelas e igrejas em situações de desleixo, sem ao menos o minino cuidado material e espiritual. Houve outros momentos de decadência em Paróquias e Igrejas deste território, por falta de empenho dos sacerdotes que a elas foram confiadas. 

Sede Pastores, irmãos! Nosso único dever se torna inexistente se não este. Cristo vos chamou do mundo para a Luz eterna. Nossa missão aqui será temporária. Pensem nas maravilhas que teremos após receber a recompensa de nossos trabalhos. Estar com Cristo na Glória, não terá preço nem valor. Será eterno, para sempre. 

Pensem nas almas que nós ajudamos com nossas direções e reflexões. Tantas pessoas convertidas, compromissadas, com o nosso testemunho diário. Será que estamos verdadeiramente dando um bom, ou mal testemunho para os irmãos? Reflitam. Todas as nossas atitudes, omissões, preguiças, falta de interesse e etc, serão cobrados e pagamos após nossa partida deste mundo. Não se esqueçam de Cristo, nosso Pastor. Porque a nós, como a São Paulo,  "Nos foi dada esta graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo" (Ef 3, 8). A novidade de vida n'Ele é a Boa Nova para o homem de todos os tempos: a ela todos são chamados e destinados. 

Todos, de fato, a buscam, mesmo se às vezes confusamente, e têm o direito de conhecer o valor de tal dom e aproximar-se dele. A Igreja, e nela cada cristão, não pode esconder nem guardar para si esta novidade e riqueza, recebida da bondade divina para ser comunicada a todos os homens.

Eis por que a missão, para além do mandato formal do Senhor, deriva ainda da profunda exigência da vida de Deus em nós. Aqueles que estão incorporados na Igreja Católica devem-se sentir privilegiados, e, por isso mesmo, mais comprometidos a testemunhar a fé e a vida cristã como serviço aos irmãos e resposta de vida a Deus, lembrados de que  a grandeza da sua condição não se deve atribuir aos próprios méritos, mas a uma graça especial de Cristo; se não correspondem a essa graça por pensamentos, palavras e obras, em vez de se salvarem, incorrem num julgamento ainda mais severo. Que possamos diante desta reflexão, tomar a coragem decisiva de anunciar o Reino Celeste, do qual todos somos convidados.

Aparecida, 25 de Março de 2024.


Arcebispo Metropolitano de Aparecida